domingo, 10 de novembro de 2019

O assassino


O assassino
Joe Tang
Editora Praia Grande
Macau
2015
Tombo: 3004







O Assassino, de Joe Tang, é um conto, como bem alinhavado por Rogério Miguel Puga, na introdução da obra, embora, conste da capa como romance (novel).
O livro sob análise é edição trilíngue, de 2015, apresentando a versão portuguesa, a inglesa e a chinesa, sendo que esta consta em versão escrita em caracteres tradicionais e outra em simplificado.
O conto está estruturado em cinco partes: o Prólogo, três capítulos e o epílogo. O inusitado é que cada um dos capítulos é intitulado por cada uma das figuras envolvidas na narrativa do assassinato do Governador de Macau, em 1849: Hsu Kuang-Chin (o governador de Cantão), Ferreira do Amaral (o Governador de Macau) e Sum Chi-Leung (o assassino).
O enredo lida com a questão do assassinato de Ferreira do Amaral, sob diferentes pontos de vista. Para o Governador de Cantão, o fato trágico é mais um problema a ser enfrentado em um período seriamente conturbado da história da China e em especial de Cantão. Para o Governador de Macau, os antecedentes de sua morte correm demonstrando suas preocupações com os domínios portugueses. Para o pobre chinês, o enredo denota o nacionalismo e patriotismo em face de tão conturbado momento histórico e a indicação de um ato heroico, mas condenável. Tudo se desenvolve no outono, período em que pequenos insetos infestam.

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