segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A quinta essência


A quinta essência
Agustina Bessa Luís
Editora Guimarães
LIsboa
1999
Tombo: Não há







A quinta essência, de Agustina Bessa Luís escrita em 1999 e que, nesse mesmo ano, teve duas edições é tido como um romance. A narrativa que parece totalmente pé no chão tem um teor de imaginação e de fantástico, como os personagens se movem no vai e vem da vida, criando mundos paralelos à história, a personagens e a importantes romances e obras (O sonho do pavilhão vermelho, A arte da Guerra, As mil e uma noites).
O romance está dividido em sete capítulos, desenvolvendo o enredo de forma cronológica, onde José Carlos Pessanha (que depois adota outro de seus sobrenomes: Pastor) torna-se o centro da narrativa.
O enredo cuida de reportar a trajetória de José Carlos Pessanha que com a Revolução dos Cravos perde seu status na sociedade portuguesa e decide vingar-se de um dos capitães de abril, o Capitão Sequeira, em Macau. No Oriente, descobre um novo mundo. Aprende muito sobre a China, Macau, sua história, filosofia, literatura, cultura e personagens. Envolve-se com a família da siara Debra, cuja neta é o objeto da vingança, mas também de seu amor. De volta a Portugal, por sua formação distinta, alcança o cargo de ministro. Sua história, entretanto, não passa de um paralelo ou um espelho de obras fenomenais e, em particular, de O Sonho do Pavilhão Vermelho.
A Quinta Essência é repleta de informações, comentários, discussões paralelas ao enredo, pelas quais a autora revela sua erudição e, em especial, análise histórica e sociológica da sociedade portuguesa e de seu envolvimento com os chineses em Macau.

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