Os poemas da minha vida

Os poemas da minha vida

Mário Soares

Editora Público

Lisboa

2005

Tombo: 3065 

Os poemas de minha vida, de Mário Soares, é uma seleção de poemas de autores portugueses eleitos por Mário Soares a constar na obra como os poemas que marcaram sua vida. Constam ali, entre outros: D. Dinis e D. Sancho I, como os reis precursores e cultores da poesia portuguesa com suas cantigas, Bocage, Almeida Garret, Castelo Branco, Soares de Passos, Antero de Quental, Cesário Verde, António Nobre, Camilo Pessanha, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Florbela Espanca, Miguel Torga, Eugenio de Andrade, Ruy Belo, Maria Teresa Horta.

O exemplar está autografado pelo autor, na capa. É a segunda edição da obra, que integra a coleção Os Poemas de Minha Vida eleitos por renomados escritores portugueses. A edição, aliada às artes, além das letras, traz uma pintura “Autorretrato” de Júlio Pomar (que também é poeta) e a capa, de Armando Alves, que se assemelha um origami ou quasi-origami, que em vários desdobramentos decompõe o recorte que ilustra a capa.

China: guia turística

China: guia turística

Buró Estatal del Turismo de China

Editora Buró Estatal del Turismo de China

Pequim

1997

Tombo: 3063 

China: guia turística, editado e publicado pelo órgão estatal chinês de turismo, é um guia turístico bastante conciso, mas também completo sobre a China, em espanhol. Todos os pontos de interesse turístico estão ali bem detalhados, com especial destaque para Pequim e demais cidades que podem ser pesquisadas por ordem alfabética. É interessante observar que sendo um guia do ano de 1997, já consta Hong Kong como uma das cidades chinesas, enquanto Macau não é ali citada, eis que a reunificação só ocorreria em dezembro de 1999.

O dia cinzento: antologia

O dia cinzento: antologia

Mário Dionísio

Editora Diário de Notícias

Lisboa

2000

Tombo: 3062 

 

O dia cinzento: antologia, de Mário Dionísio de Assis Monteiro (1916-1993), é uma coletânea de contos, que inclui: Véspera, Assobiando à vontade; Os sapatos da irmã; O corte das raízes; Os bonecreiros vão de terra em terra; e Uma tarde de agosto. O autor português foi uma personalidade de muitas habilidades: pintor, escritor e crítico, muito atuante na área das letras e artes.

A edição integra a coleção Biblioteca de Verão do jornal Diário de Notícias, viabilizando a popularização da obra desse escritor português tão próprio do século XX.

A Ciociara

A Ciociara

Alberto Moravia

Editora Círculo dos Livros

Lisboa

1982?

Tombo: 3061 

 

A Ciociara, de Alberto Moravia, é um romance italiano. O autor revela, pela obra, “seus conhecimentos do humano, de diversos ambientes, aliados à perspectiva histórica a que nunca subtrai as suas personagens”. O enredo trata da personagem que foge de sua terra natal, a Ciociara, para viver em Roma, entretanto os acontecimentos são trágicos e seus sonhos se desvanecem. Esta obra serviu de argumento para filme cinematográfico que garantiu um Oscar para Sofia Loren

A edição tem tradução de José Antônio Machado da obra original de 1957.

A alma dos livros: um brasileiro lê Paço d'Arcos

A alma dos livros: um brasileiro lê Paço d’Arcos

Oscar Mendes

Editora Parceria A.M. Pereira

Mafra

1972

Tombo: 3060 

 

A alma dos livros: um brasileiro lê Paço d’Arcos, de Óscar Mendes, é um ensaio bastante completo acerca das obras de Joaquim Paço d’Arcos. O autor analisa, expressamente, as obras: Diário dum emigrante, os romances que compõem  a Crónica da Vida Lisboeta (Ana Paulo, Ansiedade, O caminho da culpa, Tons Verdes em fundo escuro, Espelho de três faces, A corça prisioneira e O processo da burguesia), Memórias duma nota de banco, Cela 27, O novelista e O autor teatral. Oscar Mendes, como consta do subtítulo desta obra, é brasileiro, professor de literatura portuguesa e brasileira com importante atuação literária em Minas Gerais, “um dos devotados e prestigiosos exegetas da literatura portuguesa no Brasil”.

A longa revolução

A longa revolução

Edgar Snow

Editora Dom Quixote

Lisboa

1973

Tombo: 3059 

A longa revolução, de Edgar Snow (1905-1972), é um ensaio reportagem, pelo qual o autor apresenta a revolução cultural chinesa mediante um relatório de suas observações e entrevistas com importantes líderes chineses como Mao Tsé-tung e Chu En-lai. Trata com maestria e isenção vários temas sensíveis da revolução cultural, como a limitação do crescimento da população, a função do exército chinês, a conspiração, a guerra, a propaganda e a construção de uma cultura com abandono de questões tradicionais. O autor foi um profundo conhecedor do Oriente, onde visitou vários países da região e viveu na China, como correspondente de jornais americanos e ingleses, por vários anos. Ele teve a oportunidade de se entrevistar com Mao por duas vezes e esteve no embrião dos movimentos que levariam Nixon à China. Esta obra é o último de seus livros.

A tradução é de Álvaro de Figueiredo. 

Obras completas de Júlio Dinis

Obras completas de Júlio Dinis

Júlio Dinis

Editora Círculo de Leitores

Lisboa

1979

Tombo: 3058 

 

Obras completas de Júlio Dinis traz, em seu volume III, o romance A morgadinha dos canaviais. O enredo trata de um triangulo amoroso, que envolve ciúmes e desprezo, mas revela ao mesmo tempo astúcia e inteligência. A escrita de Júlio Dinis tem o dom de revelar a sutileza do simples sobre o elaborado e a preferência pelo rústico do campo do que o elegante do urbano. São componentes bem cuidados no enredo. Júlio Diniz é o pseudônimo do médico, Joaquim Guilherme Gomes Coelho, de família oriunda de Ovar.

Uma pedrada no charco

Uma pedrada no charco

Urbano Tavares Rodrigues

Editora Bertrand

Amadora

1967

Tombo: 3057 

 

Uma pedra no charco, de Urbano Tavares Rodrigues, é outra publicação em que o autor apresenta suas novas novelas: A Impossível Evasão; A Banal Rosa Vermelha; O Monte das Rosas, além de Uma Pedrada no Charco. Seus textos são classificados pelos editores como novelas ou contos, pois, embora tenham o condão de romance, são curtos e completos, dando a estes gêneros um contorno especial da nova literatura portuguesa.

A edição conta com um posfácio de Jacinto do Prado Coelho, que traça uma interessante análise da obra e do autor.

Notícia da cidade silvestre

Notícia da cidade silvestre

Lídia Jorge

Editora Europa-América

Mem Martins

1984

Tombo: 3056 

 

Notícia da cidade silvestre, de Lídia Jorge, é um romance em que a autora trabalha duas personagens femininas em suas estratégias, até certo ponto antagônicas, uma pelo amor a outra pelo poder. No desenrolar do enredo – um testemunho ou depoimento da personagem Júlia Grei – o lirismo da autora exporá temas de violência e do cotidiano com arte e erotismo.

A edição integra a coleção Século XX, como seu volume 229, que congrega autores importantes do período.

Casa de correcção

Casa de correcção

Urbano Tavares Rodrigues

Editora Bertrand

Lisboa

1968

Tombo: 3054 

 

Casa de correcção, de Urbano Tavares Rodrigues, é uma coletânea de pequenas novelas, como classificou o autor, nas quais o autor em poucos capítulos desenvolve seus enredos ficcionais com sua mundividência literária. Em algumas das novelas, o autor fez constar dedicatória algum homenageado, a exemplo de Florestan Fernandes – verdadeiro amigo de São Paulo. São no total seis novelas: Tio Deus; Tríptico da Irresponsabilidade; Limbo; A Visita da Lei; A Morte da Cegonha; e Carnaval Negro.

O exílio

O exílio

Pearl Buck

Editora Minerva

Lisboa

1972

Tombo: 3055 

O exílio, de Pearl Buck, é um livro de memórias que beira ao romance. O autor trata da vida de sua mãe, que acompanhando o marido, um presbítero, deixa os Estados Unidos e vai viver um exílio na China. Assim, tem-se uma obra de não ficção com profundo valor estético literário na descrição de uma vida em espaços, em princípio, exóticos.

A edição apresenta uma ilustração em que a mulher sentada no chão com as mãos postas sobre o solo, como a senti-lo; ao fundo, sombras de várias lorcas criam um cenário de altos picos mergulhados nas águas. A sensibilidade da ilustração, também, consta do texto que contou com a tradução do original inglês para o português por Sampayo e Melo.

O chefão: a verdade sobre a máfia

O chefão: a verdade sobre a máfia

Mário Puzo

Editora Expressão e Cultura

Rio de Janeiro

1971

Tombo: 3052 

O chefão: a verdade sobre a máfia, de Mário Puzo, é um romance que trata de Don Corleone, o cânone literário e cinematográfico da máfia, seu julgamento e tudo que envolve uma facção de personagens movidos pelo amor ao dinheiro e ao poder. A obra está dividida em seis livros num total de 32 capítulos. Esta é a obra que Francis Ford Coppola se serviu para a produção do filme O Poderoso Chefão (que em Portugal se chamou: O Padrinho, tradução direta do inglês Godfather) e suas sequências.

A edição, sob comento, já era, em 1971, a 11ª, com cerca de 500.000 exemplares vendidos nos Estados Unidos da América. A tradução é de Carlos Nayfeld. 

Até maio

Até maio

Rui Falcão de Campos

Editora Resistência

Lisboa

1980

Tombo: 3053 

 

Até maio, de Rui Falcão de Campos, é uma publicação de duas coletâneas de poemas: Até Maio e De Coração ao Peito (Le Coeur em Écharpe). São trabalhos de um jovem poeta, que à época, via sua pátria desfigurada assim como sua língua e, talvez, por isso comuta seus poemas para o francês, em especial, na segunda coletânea. Na apresentação, João Bigotte Chorão deixa bem clara essa inquietação do poeta e chega a dar título à apresentação: Poeta de uma geração traída. A respeito, vale registrar que o autor dedica a obra, aos “Capitães de Abril”, consignando: "que Deus lhes perdoe!"

A revolta dos livros

A revolta dos livros

Sofia Cochat-Osório

Editora

Lisboa

1982

Tombo: Não há 

 

A revolta dos livros, de Sofia Cochat-Osório, é uma pequena história muito bem bolada dos livros, que convivem em uma biblioteca. Com a chegada de um bibliotecário, são postos em ordem nada agradável aos livros companheiros. Por fim, a enciclopédia lidera uma revolta que resulta em uma grande liberdade.

A edição é ilustrada por Hélia Aluai, tem letras grandes e de leitura bastante agradável, em especial, para o público infanto-juvenil.

Dicionário de guineense

Dicionário de Guineense

Luigi Scantamburlo

Editora Colibri

Lisboa

2019

Tombo: Não há 

 

Dicionário de Guineense, de Luigi Scantamburlo é um repositório muito bem preparado de apresentação da língua guineense que se constitui por um crioulo de léxico basilar português. A obra é bastante completa, eis que o autor trabalhou com um corpus bastante extenso, apresentando os termos guineenses com a transcrição fonética, descrição de uso gramatical e semântico e o seu equivalente em português.

A edição é a segunda parte desse interessantíssimo trabalho, que tem grande valia para os estudos a respeito do guineense em particular e o da língua portuguesa.

Abade de Faria: o luso-goês criador do hipnotismo científico, percursor da psicanálise

Abade de Faria: o luso-goês criador do hipnotismo científico, percursor da psicanálise, no bicentenário de sua morte

J.A. David de Morais

Editora Colibri

Lisboa

2019

Tombo: Não há 

 

Abade de Faria: o luso-goês criador do hipnotismo científico, percursor da psicanálise, no bicentenário de sua morte, de J. A. David de Morais, é um ensaio acerca dessa personalidade histórica que desde a Índia e por toda a Europa fez seus estudos e deu grande impulso à psicanálise. É um personagem memorável que acabou sendo retratado até em obra literária de Alexandre Dumas e seus ensinamentos são até hoje válidos e fundamentais para a ciência de seu estudo.

A edição apresenta na ilustração de capa a mesma pose que foi retratada para o monumento erguido em Pangin, em Goa, na Índia, em sua homenagem. A mesma pose que intriga seus conterrâneos e o mundo, que apenas quis apresentar a hipnose. 

Filosofia para pessoas com pressa

Filosofia para pessoas com pressa

Lesley Levene

Editora Presença

Lisboa

2019

Tombo: não há 

 

Filosofia para pessoas com pressa, de Lesley Levene, é um guia enciclopédico acerca dos principais filósofos da Humanidades desde a Antiguidade, traçando um apanhado geral de “mais de 5.000 de Filosofia em 200 páginas”.

A edição integra uma coleção que tem o mesmo pressuposto de atender às “pessoas com pressa” e, em cada volume, uma ciência é tratada em “200 páginas” como Geografia, Psicologia etc.

Constituição da República Portuguesa

Constituição da República Portuguesa

Portugal

Editora Assembleia da República

Lisboa

2016

Tombo: 3215

 

Constituição da República Portuguesa é a edição da lei maior de Portugal. Neste exemplar, feito em um tamanho curiosamente reduzido que cabe na palma da mão, cabem todos os seus 296 artigos. A edição é um brinde da Assembleia da República, o poder legislativo português, e tem o condão de promover a divulgação do ordenamento jurídico básico do país.

Seu conteúdo é bastante abrangente e, num estudo comparativo, é um documento extenso que trata de vários assuntos, dando um novo ordenamento jurídico a Portugal após a Revolução dos Cravos de 1974. Promulgada em 1976, trazia marcas do contexto histórico, a exemplo da emancipação dos territórios de ultramar com a independência às colônias e a questão de Macau que tinha um estatuto bastante peculiar. As revisões, havidas até 2005, retiraram as referências a essa emancipação e fim do imperialismo português, mas mantem o discurso pela liberdade e contra o fascismo.

Os canhões de Navarone

Os canhões de Navarone

Alistar Mac Lean

Editora Círculo de Leitores

Lisboa

1982?

Tombo: 3050 

 

Os canhões de Navarone, de Alistar MacLean, é um romance marcante que ganhou uma interessante versão cinematográfica também bastante exitosa. O enredo trata de uma guerra desbaratada com eventos ridículos em uma pequena ilha no mediterrâneo.

A edição é portuguesa com tradução de Margarida Carvalho.

Auto dos danados

Auto dos danados

António Lobo Antunes

Editora Dom Quixote

Lisboa

1985

Tombo: 3051 

Auto dos danados, de António Lobo Antunes, é um romance do famoso escritor da nova literatura portuguesa. O romance tem uma divisão peculiar: manhã, tarde, noite, véspera da festa, primeiro dia da festa, segundo dia de festa e terceiro dia de festa. O texto, como sempre, carregado de reflexões críticas da sociedade.

A edição não traz qualquer apresentação do autor ou da obra apenas relaciona as cinco obras anteriores do referido autor.

Vida e obra do Comendador Montenegro: um lousanense visionário no Brasil

Vida e obra do Comendador Montenegro: um lousanense visionário no Brasil

Sônia Maria de Freitas

Editora Tipografia Lousanense

Lousã

2014

Tombo: Não há 

Vida e obra do Comendador Montenegro: um lousanense visionário no Brasil, de Sônia Maria de Freitas, é um ensaio histórico que trata de João Elizário de Carvalho Montenegro. O português, nascido em 24 de junho de 1824, em Lousã, que desembarcou no Rio de Janeiro em 6 de fevereiro de 1841 e ali se fez empreendedor, inicialmente como caixeiro viajante e, mais tarde, tendo fundado a Colônia Nova Lousã e Nova Colômbia, em Espírito Santo do Pinhal, no Estado de São Paulo. A Colônia Nova Lousã, criada em 1867, foi o núcleo de desenvolvimento daquele município, contando com trabalho de imigrantes portugueses, já que o Comendador Montenegro era um antiescravagista. Sua Colônia recebeu a visita de Conde D’Eu e da Princesa Isabel, em 1874. Quatro anos mais tarde, foi a vez da visita do imperador D. Pedro II. Dedicava-se a cafeicultura. Montenegro além de empreendedor era um benemérito. Foi conselheiro da Sociedade Portuguesa de Beneficência, que mais tarde angariou o interesse do rei de Portugal e se tornou a Real Sociedade de Beneficência Portuguesa, que até hoje mantém um enorme hospital em São Paulo. Doou vários livros para as escolas de Poiares e Lousã. Ajudou na construção do teatro, na composição da filarmônica e na construção do Hospital de São João em sua terra natal. A Biblioteca de Lousã chama-se, hoje, Biblioteca Comendador Montenegro. Retornou três vezes à Lousã, sendo a última em 1894. Morreu com 91 anos de idade em seu Chateau na cidade de Espírito Santo do Pinhal.

A edição é a versão portuguesa do trabalho de Sônia de Freitas, patrocinada pela Câmara da Lousã para homenagear o ilustre conterrâneo.

Arganil

Arganil

Regina Anacleto

Editora Presença Editorial

Lisboa

1996

Tombo: Não há 

 

Arganil, de Maria Regina Dias Baptista Teixeira Anacleto, é uma monografia da historiadora nascida na vila de Arganil e que se dedica a traçar, com detalhes, a história do lugar e apresentar seus dados informacionais de economia, geografia, política e social.

A edição integra, como volume 21, a coleção Cidades e Vilas de Portugal.

O tempo e o vento: o retrato

O tempo e o vento: O Retrato

Érico Veríssimo

Editora Livros do Brasil

Lisboa

1982?

Tombo: 3048

 

O tempo e o vento; o retrato, de Érico Veríssimo, é um romance que dá sequência ao primeiro volume de O tempo e o vento que abrangia, pelo período de um século e meio, a história de uma família do Rio Grande do Sul, apresentando a história, a sociedade e a política de uma época. A obra, O Retrato, integra a trilogia da saga gaúcha da grande obra, uma verdadeira sinfonia, de Érico Veríssimo.

A edição é portuguesa, em que se fez constar os elogios da crítica à obra, em especial por Gilberto Freyre.

O Poema 4

O poema 4

Carlos Carranca e outros

Editora Acção Socialista

Lisboa

2001

Tombo: 3049

 

O poema 4, de Carlos Carranca e outros, é uma coletânea de poemas elaborada por Carlos Carranca que também fez o prefácio. No afã de apresentar poetas da língua portuguesa, na presente seleção consta o guineense, Hélder Proença, os angolanos, Agostinho Neto e Jofre Rocha, o santomense, Francisco José Tenreiro, os moçambicanos, José Craveirinha e Reinaldo Ferreira, os caboverdianos, Manuel Lopes e Ovídio Martins, e, claro, vários poetas portugueses.

Trata-as do volume quarto de coletâneas promovidas pelo Partido Socialista português no intuito de divulgar a poesia, que é poder, e a língua portuguesa.

Pequenos prazeres, estranhos perfumes: história de uma metamorfose

Pequenos prazeres, estranhos perfumes: história de uma metamorfose

Marie Darrieussecq

Editora ASA

Porto

1998

Tombo: 3047 

Pequenos prazeres, estranhos perfumes: história de uma metamorfose, de Marie Darrieussecq, é o primeiro romance desta escritora francesa e que obteve um grande sucesso. O enredo trata da metamorfose de uma mulher em uma porca. Eis porque, em inglês, o trabalho é conhecido como Pig Tales. Os direitos da obra para o cinema foram adquiridos por Jean-Luc Godard, que, por discussões havidas, acabou renunciando à adaptação.

A edição contou com a tradução de Miguel Serras Pereira. O título em português acabou acrescentando subtítulos ao nome original: Truismes, no intuito, parece-nos, de dar um direcionamento ou maior explicação ao leitor português. O editor fez o título da obra (Pequenos Prazeres) constar, na capa da versão portuguesa, em letras pequenas, dando destaque ao subtítulo Estranhos Perfumes. Eis que há no texto e na autora a vontade de chocar com uma crítica às sociedades modernas, onde crescem as desigualdades e o “politicamente correto”.

Os indiferentes

Os indiferentes

Alberto Moravia

Editora Livros do Brasil

Lisboa

1982?

Tombo: 3046 

Os indiferentes, de Alberto Moravia, é o romance que deu celebridade a esse conceituado escritor italiano. O sucesso deste seu primeiro romance deu incentivo ao autor para a literatura; passou a escrever em vários jornais, fundou uma revista literária, conheceu grandes cineastas italianos que transformaram seus romances em destacados filmes. Entretanto, a fama foi perseguida pelo regime fascista italiano. No enredo do romance, as personagens dão vida às questões do existencialismo, comportamento e crítica social e erotismo, numa história envolvendo mulheres (mãe, irmã e amiga) que se envolvem com o mesmo amante.

A edição é a primeira versão em língua portuguesa que contou com a tradução de Álvaro de Almeida e tem prefácio de Amândio César.

Sapiens: história breve da Humanidade: de animais a Deuses

Sapiens: história breve da Humanidade: de animais a Deuses

Yuval Noah Harari

Editora 20/20

Amadora

2017

Tombo: 3217

 

Sapiens: história breve da Humanidade: de animais a Deuses, de Yuval Noah Harari, é um ensaio da História da Humanidade com uma abordagem peculiar e bem própria do autor. Em sua forma de contar a História, o autor divide a obra em quatro partes: a revolução cognitiva; a revolução agrícola, a unificação da Humanidade e a revolução científica. Cada uma dessas revoluções marcam a evolução da Humanidade, concluindo seu trabalho com um posfácio intitulado o animal que se tornou um deus.

A edição é um best seller do historiador da Universidade Hebraica de Jerusalém que tem trabalhado sobre as questões da macro-história. A tradução para o português é de Rita Carvalho e Guerra.

Os Távoras: entre a virtude e o passado

Os Távoras: entre a virtude e o pecado

Maria João Fialho Gouveia

Editora Bertrand

Lisboa

2018

Tombo: 3134 

 

Os Távoras, de Maria João Fialho Gouveia, é um romance histórico da jornalista com formação em história, letras e comunicação social. Como uma homenagem ao tio, a autora tece enredo em que trata dos Távoras, em especial no século XVIII, com paixões e com traições que marcaram sua história na corte portuguesa bastante próxima do rei. O terremoto de 1755 é uma quase-personagem do enredo e que tem o condão de diminuir as desavenças, embora temporariamente até o dia fatídico em que a maioria dos Távoras são dizimados. Entretanto, os sobreviventes fazem valer a insígnia contida em seu brasão: para os Távoras não há obstáculos.

Breves respostas às grandes perguntas

Breves respostas às grandes perguntas

Stephen Hawking

Editora Planeta

Lisboa

2018

Tombo: 3131 

 

Breves respostas às grandes perguntas, de Stephen Hawking, é uma coletânea de ensaios em que o autor tenta responder perguntas intrigantes e quase sempre sem respostas, como: existe um Deus? Podemos prever o Futuro? Viajar no tempo será possível? Trata-se de uma obra póstuma em que as reflexões feitas pelo autor dão tom e linha para as questões da Humanidade.

Um livro para se ler aos poucos.

O pianista de hotel

O pianista de hotel

Rodrigo Guedes de Carvalho

Editora D. Quixote

Londres

2017

Tombo: 3091 

 

O pianista de hotel, de Rodrigo Guedes de Carvalho, é um romance da nova literatura portuguesa. Esta obra é o retorno do autor ao romance após ter trabalhado com textos para o cinema e teatro. Tendo iniciado sua escrita com texto jornalístico e de reportagem, quando recebeu seu primeiro prêmio, o autor se destacou com o romance, também premiado. O enredo envolve personagens no ramo da saúde e trata de suas frustrações e ações repugnantes de comportamento social. A forma de escrita parece querer conversar com o leitor, no entanto, é uma conversa que choca pelo que se relata.