Dragões
da independência: fotografias
Renato Assis e Paulo
Bertran
Editora Instituto
Takano
Brasília
2002
Tombo: 3239
Dragões
da independência é um livro de arte com fotografias de Renato
Assis e texto de Paulo Bertran. O livro apresenta fotografias de momentos da
tradicional guarda de honra da Presidência da República brasileira. São cliques
e instantâneos feitos em Brasília e em Pirenópolis (GO), da rotina do referido
Regimento de Cavalaria de Guarda que embelezam as fotos com seus destacados
uniformes e cavalos.
Na
obra, Paulo Bertran, valendo-se de estudos de Gustavo Barroso, tece brevemente
a história do Corpo de Dragões militares, uma incomum figura: “O soldado
dragão surgiu no Exército Romano. Atravessou a Idade Média na frequente
heráldica dos escudos dragonados e apareceu, ainda nos tempos modernos, como
símbolo das Casas Ducais dos Bragança portugueses e dos Príncipes de Gales da
Inglaterra, ambos presumidos candidatos ao trono de seus países.
Segundo
a historiografia contemporânea o soldado dragão romano foi ressuscitado em 1554
pelo Marechal de Cossé-Brizac, organizador dos exércitos de Gustavo Adolfo, da
Suécia, aparentemente ainda mantendo o formato dos últimos dragões romanos: a
pé e a cavalo.
[No
Brasil,] É possível que os primeiros corpos de dragões tenham surgido cerca de
1670, após a guerra holandesa, em Pernambuco, ainda a pé e os oficiais,
certamente, a cavalo.
No
decorrer dos últimos 180 anos, o primeiro regimento de cavalaria esteve
presente nos principais eventos militares do país e foi sobremodo um corpo
politicamente prestigiado, próximo ao poder central.
A
respeito é importante lembrar que os dragões também aparecem na bandeira da
dinastia chinesa Qing, contemporânea dos Braganças.