A
quinta essência
Agustina
Bessa Luís
Editora Guimarães
LIsboa
1999
Tombo: Não
há
A
quinta essência, de Agustina Bessa Luís escrita em 1999 e que,
nesse mesmo ano, teve duas edições é tido como um romance. A narrativa que
parece totalmente pé no chão tem um teor de imaginação e de fantástico, como os
personagens se movem no vai e vem da vida, criando mundos paralelos à história,
a personagens e a importantes romances e obras (O sonho do pavilhão vermelho, A arte da Guerra, As mil e uma noites).
O
romance está dividido em sete capítulos, desenvolvendo o enredo de forma
cronológica, onde José Carlos Pessanha (que depois adota outro de seus
sobrenomes: Pastor) torna-se o centro da narrativa.
O
enredo cuida de reportar a trajetória de José Carlos Pessanha que com a
Revolução dos Cravos perde seu status na sociedade portuguesa e decide
vingar-se de um dos capitães de abril, o Capitão Sequeira, em Macau. No
Oriente, descobre um novo mundo. Aprende muito sobre a China, Macau, sua
história, filosofia, literatura, cultura e personagens. Envolve-se com a
família da siara Debra, cuja neta é o objeto da vingança, mas também de seu
amor. De volta a Portugal, por sua formação distinta, alcança o cargo de
ministro. Sua história, entretanto, não passa de um paralelo ou um espelho de
obras fenomenais e, em particular, de O
Sonho do Pavilhão Vermelho.
A Quinta Essência é repleta de
informações, comentários, discussões paralelas ao enredo, pelas quais a autora
revela sua erudição e, em especial, análise histórica e sociológica da
sociedade portuguesa e de seu envolvimento com os chineses em Macau.